Tropeço de olhares

Rodopiam os pensamentos na espontaneidade incontida dos olhares fazendo versos sem palavras e encaixes no silêncio.




Coluna do Alexandre Lucas, Colunas

O vento não pode faltar! Escrevo para leveza, dessas que como as folhas dançam com o vento. Escrevo insistentemente para sentir as palavras brilharem, pularem e suarem, como num carnaval onde a alegria faz enchente de desejo.  Já me perco nas palavras que se enroscam no vento e na esperança. 

Rodopiam os pensamentos na espontaneidade incontida dos olhares fazendo versos sem palavras e encaixes no silêncio.  

Risadas traquinam na dúvida dos enredos. Enquanto o café esquenta a conversa, escrevo no vento emoções do momento e uma música atravessada canta sobre pérolas que se disfarçam entre os cabelos.      

Debaixo dos óculos, tem mais palavras não ditas, como quadro na parede que ganhar sentidos diversos em olhares diferentes. 

Calma, sinta o vento, na dúvida fechas os olhos, se abana com fitas de cetim vermelho, as palavras parecem ganhar mãos e afetos. A escrita não precisa ficar sem ar, ela pode nos fazer flutuar e sonhar. O vento é sempre envolvente como as palavras e as pessoas.