Obrigado, Foobá !

Há momentos em que partimos para novos desafios, o faço agora. Mas, preciso dizer da gratidão que sinto por este espaço. Dizer do afeto que recebi, das amizades formadas, do profissional construído. Por tudo, muito obrigado Foobá!




Colunas, Paulo Junior

Eu sou prolixo, na maior parte do tempo creio que me estendo demais. Quase sempre eu tenho algo a dizer, esse provavelmente seja um dos meus maiores defeitos. No entanto, neste momento me faltam palavras e sobram soluços, pois choro. As lágrimas que cobrem meu rosto têm um sabor de gratidão e saudade. O peito se aperta, e durante diversos momentos ao longo dos últimos dias eu senti como se ele fosse saltar para fora de mim.

São quase três anos em que o Foobá foi minha casa, abrigou meus textos, pensamentos, análises. Aqui tive lições que a academia não trouxe, desafios e realizações que imaginei que demoraria muito mais a alcançar. O Foobá é parte de mim, o sinto impregnado no meu corpo e em minha mente. Neste espaço fui ganhando asas e aos poucos me disseram que podia, e deveria, voar.

Aqui fui me tornando colunista, ganhando público e sentindo a felicidade que é saber-se lido. Este lugar que vive entre nuvens digitais embalou minha idealização de jornalista, me acalantou quando achei não ser possível, foi o local do desabafo, da liberdade, da resistência. Eu não seria sem o Foobá.

O meu primeiro texto entrou no ar em 19 de março de 2020, desde então algumas centenas se seguiram. E aqui, junto de colegas que não seria capaz de adjetivar, pude cobrir a pandemia, eleições municipais e presidenciais, eventos culturais, além de conduzir uma série de entrevistas que tem um lugar especial em minha memória. Aqui também nasceu a Coluna do Paulo Junior, lugar que me permite falar de modo analítico sobre o universo da política, e sem censura tudo foi falado, de aspectos locais à nacionais.

No Foobá eu consegui manter a utopia viva, no horizonte. Aqui eu consegui olhar pela janela e enxergar a rua por lentes que refletem transformação, esperança e otimismo. Aqui eu encontrei um milhão de perguntas, fiz algumas, não obtive resposta para quase nenhuma. Mas, há uma questão que sempre esteve em um lugar de não dúvida: o que move o Foobá? O que move o Foobá é o afeto, e a crença em um amanhã mais feliz, vivo e livre. O Foobá se move por um sonho de comunicação altiva. Eu sonhei, e sonho junto.

É difícil ir dos locais que te transbordam, que te enchem para além do que você achou que seria possível. Me sinto assim: transbordando. Eu transbordo o sonho Foobá, o sonho que divido com amigos que estão gravados no meu peito, inscritos na minha alma e registros em algumas das melhores memórias que tenho.

Obrigado Foobá. Obrigado por ter acreditado em mim, por ter me feito parte do profissional que sou. A caminhada de aprendizados é longa, mas, quando ela é partilhada com vocês torna-se mais leve. Ao lado de vocês eu quase não senti as pedras, porque junto com elas veio a risada de Érika ou Rayssa, o abraço de Beatriz. Veio Jimmy dizendo: a gente dá um jeito. Vieram também as conversas sempre descontraídas no barzinho de sempre.

As lágrimas ainda me banham, choro porque é bom transbordar em lembranças de felicidade. Choro porque simplesmente não consigo me segurar. Eu choro porque sei que sentirei saudades até dos mínimos detalhes. Por ora, eu digo: eu digo até breve, Foobá. Porque sei que em outros momentos ainda iremos nos encontrar. Obrigado por tudo!