Caso Hytalo Santos: Pais de adolescentes teriam recebido mesadas de R$ 2 mil a R$ 3 mil

Investigação apura suposto pagamento para participação de jovens em vídeos do influenciador

Colunas, Evellen Rodrigues

A investigação contra o influenciador Hytalo Santos segue em andamento e foca no suposto pagamento de mesadas às famílias de adolescentes que participavam de seus vídeos nas redes sociais. Segundo denúncias, os valores variavam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, mas até o momento não foram registradas denúncias formais junto ao Conselho Tutelar pelas próprias famílias.

Alguns pais negam que os filhos recebiam pagamentos ou trabalhavam com o influenciador. Uma mãe afirmou não saber se a filha recebia mesada e disse que não considera que ela desempenhava atividade profissional. Conselheiros tentaram contato com os responsáveis, mas não obtiveram respostas.

Nas redes sociais, internautas destacam os efeitos da manipulação sobre os adolescentes e seus familiares, comentando que as vítimas muitas vezes se sentem no dever de proteger ou ajudar o acusado, comportamento relacionado à síndrome de Estocolmo. Muitos alertam para a necessidade de atenção aos sinais de coação e influência emocional em conteúdos digitais envolvendo menores.

Hytalo Santos começou gravando vídeos com adolescentes em sua cidade natal, Cajazeiras (PB), e depois se mudou para João Pessoa, conquistando grande audiência. Com a fama, passou a ostentar carros e imóveis de luxo. Ex-funcionários relataram pagamentos em espécie e joias, mas a defesa nega irregularidades. No momento da prisão preventiva, Hytalo e o marido foram encontrados com quatro celulares, levantando suspeita de tentativa de fuga.

A defesa afirma que a prisão foi exagerada e nega acusações de exploração sexual e tráfico de pessoas. Já o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho apontam indícios de aliciamento e submissão dos adolescentes a um regime de trabalho forçado, sendo posteriormente devolvidos às famílias.

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